“– A vida, senhor Visconde, é um pisca-pisca.
A gente nasce, isto é, começa a piscar.
Quem pára de piscar chegou ao fim, morreu.
Piscar é abrir e fechar os olhos
– viver é isso.
É um dorme e acorda, dorme e acorda,
até que dorme e não acorda mais
[…] A vida das gentes neste mundo,
senhor Sabugo, é isso.
Um rosário de piscados.
Cada pisco é um dia.
Pisca e mama,
pisca e brinca,
pisca e estuda,
pisca e ama,
pisca e cria filhos,
pisca e geme os reumatismos,
e por fim pisca pela última vez e morre.
– E depois que morre?, perguntou o Visconde.
– Depois que morre, vira hipótese. É ou não é?”
A gente nasce, isto é, começa a piscar.
Quem pára de piscar chegou ao fim, morreu.
Piscar é abrir e fechar os olhos
– viver é isso.
É um dorme e acorda, dorme e acorda,
até que dorme e não acorda mais
[…] A vida das gentes neste mundo,
senhor Sabugo, é isso.
Um rosário de piscados.
Cada pisco é um dia.
Pisca e mama,
pisca e brinca,
pisca e estuda,
pisca e ama,
pisca e cria filhos,
pisca e geme os reumatismos,
e por fim pisca pela última vez e morre.
– E depois que morre?, perguntou o Visconde.
– Depois que morre, vira hipótese. É ou não é?”